O governador Geraldo Alckmin afirmou ontem, em visita ao laboratório do Instituto Butantã, que vai apoiar o prefeito José Serra, se ele for escolhido pelo PSDB como candidato à Presidência da República. No entanto, afirmou que acredita que o escolhido será ele mesmo. "Eu sou objetivo, franco e sou candidato. Se o partido entender que o candidato é outro, não vou deixar de apoiá-lo. Temos de escolher candidato primeiro olhando para o futuro. Se for escolher candidato pra lutar com o PT, a eleição não vai ser fácil, não. Quem achar que a escolha de candidato do PSDB já é para colocar a faixa (presidencial), está enganado. Sandálias da humildade aí", disse o governador.

Alckmin negou que exista algum tipo de pacto na escolha da candidatura do PSDB. "O que o partido decidir, eu disputo. Sou um homem de partido. Vou disputar. É meu direito disputar. Se o partido disser: "Olha, a disputa é no diretório, no colegiado", não tem problema. Mas quero deixar claro: tenho experiência. Estou no oitavo mandato", disse. Ele afirmou que vai começar a partir da semana que vem a viajar pelo estado para "expor idéias". Segundo ele, a eleição deste ano deverá ser de "menos fofoca e mais programa e mais qualidade". "Vou apoiar quem o PSDB escolher. Isso é óbvio. Eu vou apoiar o Geraldo Alckmin, porque eu acho que eu serei escolhido", afirmou.

O escolhido

Em uma longa entrevista concedida à Agência Globo, o governador paulista falou sobre a sucessão, sua candidatura, o PSDB, Serra e as críticas à sua istração. Alckmin não diz uma palavra sequer sem antes calcular o risco de entrar em confronto com a direção do partido. Mas afirma que, seja qual for a regra determinada pelos tucanos, vai disputar a vaga de candidato à Presidência. Sem falar em prévias, diz que está pronto para a disputa e se mostra confiante de que o seu nome será o escolhido.

Meticuloso, procura a todo custo não fazer afirmações polêmicas para não desagradar. Evita citar nomes dos correligionários que o apóiam. Ele diz não se considerar representante da "direita do PSDB", em oposição à "esquerda" do prefeito José Serra, mas integrante de uma "nova política", de pessoas que dizem o que pensam, lutam por seus ideais e trabalham.

"O PSDB tem tradição pela busca de entendimento. A data da convenção não pode ser antes de 1.º de junho. Mas temos a data de desincompatibilização. Por isso, o ideal é que tudo fosse decidido até março. Vou disputar dentro dos critérios. Aliás, Serra diz que não é candidato", diz ele, para em seguida, acrescentar: "Por que duvidar da palavra do prefeito"M627.409,331.563L512.604,306.07c-44.69-9.925-79.6-46.024-89.196-92.239L398.754,95.11l-24.652,118.721 c-9.597,46.215-44.506,82.314-89.197,92.239l-114.805,25.493l114.805,25.494c44.691,9.924,79.601,46.024,89.197,92.238 l24.652,118.722l24.653-118.722c9.597-46.214,44.506-82.314,89.196-92.238L627.409,331.563z"/>