No quarto dia da visita oficial à China, o vice-presidente José Alencar cumpre agenda em Pequim. No primeiro compromisso de hoje (23), Alencar visitou a escola pública "Shin Je", considerada uma das melhores do país.
Acompanhado pela vice-ministra da Educação, Chen Xiaoya, ele conheceu as instalações da escola e um pouco do sistema de ensino chinês. Alencar também entregou aos alunos a primeira publicação sobre o Brasil feita em mandarin.
O vice-presidente visitou a Cidade Proibida, um dos cartões postais mais conhecidos da China. Construída no século XV, a cidade abrigou 24 imperadores. No Palácio do Povo, a sede dos Poderes Executivo e Legislativo, Alencar recebeu as boas-vindas oficiais.
Ele esteve com o vice-presidente da China, Zeng Qinhong, e com o presidente da Assembléia Nacional do Povo Chinês, Wu Bangguo. Foram assinados vários documentos de cooperação nas áreas de telecomunicação e informática, educação e cultura, finanças e agricultura. Este último relacionado à exportação e importação de carne suína.
Diferentemente de Xangai, onde a agenda foi mais voltada para assuntos comerciais, em Pequim, o vice-presidente cumpre a parte política da visita oficial à China. Além de se reunir com o presidente chinês Hu Jintao, José Alencar vai instalar a Comissão Sino Brasileira de Alto Nível de Coordenação e Cooperação (Cosban), com a finalidade estratégica de construir condições para aproximar ainda mais os dois países. A Comissão foi criada durante a visita do presidente Lula à China, em 2004.
Na avaliação do vice-presidente, para garantir competitividade e viabilizar o aumento das relações comerciais com a China, é preciso que o Brasil faça alguns ajustes internos. Alencar cita como exemplo investimentos em infra-estrutura, mudanças na taxa de juros e no sistema tributário.
"São fatores que perturbam o desenvolvimento da economia no país. Nós temos que simplificar o sistema tributário nacional para que os investidores estrangeiros cheguem e possam investir", afirmou.
