Santos –
Robinho marcou o gol de empate contra o Cienciano na Vila Belmiro, mas os peruanos não chegaram a conhecer o real perigo que esse irrequieto atacante representa. E o Robinho em boa fase, voltando a jogar o futebol habilidoso que desconcerta os zagueiros com seus dribles geniais e inesperados, é uma das principais armas de Leão para ficar com a vaga na sul-americana.O treinador tem gostado muito do desempenho de Robinho e comenta as mudanças que o jogador teve nas últimas partidas: “ele tem aumentado sua capacidade técnica global, está melhorando o cabeceio e tendo a ambição de cabecear, disse Leão, que continuou à enumerar os pontos que levaram o atleta a acabar de vez com a má fase: “o posicionamento dentro da área é melhor, o Robinho está levantando a cabeça, olhando mais o goleiro”.
Se não bastasse, prosseguiu o técnico, “é mais participativo, está apertando os beques, tanto que recupera bolas importantes”.
Logo que Robinho teve a queda de produção, já esperada por Leão, o treinador ou a cuidar desse aspecto ao seu estilo. Dá bronca quase sempre, elogia nos momentos certos, mas sempre a a imagem de pessoa confiável, em que os jogadores sempre podem contar. “Ensinar a pela repreensão quando merecida, não só para ele, mas para todos os jogadores”, comentou, lembrando que “um atacante vive de gols e o Robinho voltou a marcar”.
Sempre bem humorado, o jogador comemora a boa fase, em que voltou a ser um dos atletas mais comentados do futebol brasileiro por suas jogadas de muita habilidade. “Quando todo o time está bem, as peças individuais que têm qualidade vão aparecer um pouco mais”, comentou, dividindo o bom momento com o grupo todo.
Ele é grato pelo apoio que teve dos outros jogadores. “Mesmo quando estava jogando mal, sempre tive o apoio de meus companheiros dentro de campo e isso facilita a recuperação.” Robinho sentiu quando ou a ser desacreditado por jornalistas e até pelos torcedores. “O mais difícil foi a cobrança”, disse ele.
“Minha ficha demorou um pouco para cair, demorei para perceber que as equipes estavam preparadas para me marcar e hoje, mais maduro, procuro fugir dessa marcação, e voltei a jogar meu futebol novamente.” Para isso, superou deficiências que reconhece ter: “estou fazendo gols e essa era uma deficiência que tinha”, comentou, destacando: “o que mudou foi a tranqüilidade na hora de chegar na cara do gol, pois nosso time cria as oportunidades, mas nem sempre faz e nos últimos jogos está dando certo”.
