Vigarista tenta engolir falso bilhete pra se livrar do flagrante

Apesar de ?manjado?, o golpe do bilhete premiado ainda faz vítimas. Motivadas pelo ganho fácil de dinheiro, muitas pessoas caem na conversa dos vigaristas, o que faz a Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas registar, em média, quatro boletins de ocorrência por semana. Na última quinta-feira, Maycon Rogério Giansanti, 20 anos, e Antonieta Grudin de Góes, 37, foram presos quando ludibriavam mais uma pessoa.

De acordo com o delegado Rodrigo Brown de Oliveira, somente este ano dez vigaristas foram presos aplicando o golpe. Na continuação das investigações, a polícia ou a monitorar outros criminosos e chegou até Maycon e Antonieta. Eles foram presos enquanto enganavam mais uma vítima. ?Quando chegamos ele tentou engolir o bilhete para se livrar do flagrante?, contou o delegado.

Ao checar os antecedentes do casal, a polícia descobriu que Antonieta já foi condenada por tráfico de drogas. O casal é de Londrina e já aplicou o golpe do bilhete premiado em Ponta Grossa. Os dois estavam na capital para o mesmo fim.

Golpe

O golpe do bilhete é encenado por dois marginais, que buscam suas vítimas – na maioria das vezes – entre os idosos. Um dos estelionatários finge ser analfabeto e aborda a vítima com um bilhete premiado falso. Ele fala que não sabe como receber o dinheiro e oferece o bilhete para que a pessoa o receba. Em troca ele pede uma garantia. ?Este casal, por exemplo, tinha um falso bilhete no valor de R$ 700 mil. A vítima, acreditando que ficará com o dinheiro, vai até o banco e dá como garantia o que tem, que pode ser desde R$ 500,00 até 20 mil?, explica o delegado.

Enquanto o falso analfabeto fala com a vítima, outro golpista se aproxima e intermedea a conversa, garantindo que é um bom negócio. O aval de um ?estranho? aumenta o interesse da vítima em ficar com o bilhete premiado.

?A ganância das vítimas e a lábia dos bandidos faz com que o golpe se concretize. Depois que descobrem que foram enganadas, muitas vítimas sentem vergonha e não denunciam?, contou o delegado.

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