Cope prende uruguaio especialista em roubo a joalherias

O Centro de Operações Policiai Especiais (Cope) prendeu em Curitiba um dos maiores assaltantes de joalherias do Sul do País. O uruguaio Genaro Caseres, 47 anos, é fugitivo da cadeia de ville (SC) e suspeito de participar de vários roubos a esse tipo de estabelecimento no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Outros integrantes da quadrilha estão sendo procurados, e a polícia tenta desarticular os demais grupos responsáveis por mais de 20 assaltos em Curitiba, somente neste ano.

Genaro foi preso quarta-feira ao sair de uma grande joalheria, cujo nome está sendo mantido em sigilo. Ele havia deixado um relógio para conserto – segundo a polícia, um pretexto para realizar levantamento da loja antes da efetivação do assalto. Ao ser detido, o fugitivo usava identidade falsa em nome de Elemar D’Ávila.

De acordo com o delegado titular do Cope, Marcus Vinícius Michelotto, Genaro estava envolvido nos roubos a uma joalheria em São José dos Pinhais, em 2000, a outra no Shopping Água Verde, no final do ano ado, e a uma terceira em Ponta Grossa, no mês ado. “Antes, participava diretamente dos roubos, armado de fuzil e metralhadora. Depois foi preso, ficou conhecido e ou a comandar a quadrilha analisando as lojas e planejando os assaltos”, disse o delegado. Em 2000, o Cope prendeu Nicolau Verenicz, apontado como comparsa de Genaro.

Ficha longa

Em outros estados, o uruguaio tem nove indiciamentos por roubo qualificado, incluindo um assalto a uma joalheria em Santa Catarina, no qual baleou um policial. Logo em seguida foi preso e encaminhado ao presídio de ville, de onde fugiu em 20 de julho deste ano. Também tem mandado de prisão nas cidades gaúchas de o Fundo (assalto a uma agência do Banco do Brasil) e Erechim (roubo a joalheria), e responde inquéritos por formação de quadrilha, porte ilegal de arma, adulteração de veículo e tentativa de homicídio. A polícia acredita que ele pretendia se estabelecer em Curitiba, para articular novos roubos na capital e Região Metropolitana.

A apresentação do uruguaio à imprensa foi cercada de pompa – estiveram presentes o delegado-geral da Polícia Civil, Jorge Azor Pinto, e o secretário estadual da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari. “É um bandidaço como esse que a população quer ver na cadeia e não só bandidinhos mequetrefes”, falou o secretário.

Atendendo a um pedido da Associação dos Relojoeiros e Joalheiros do Estado do Paraná (Arjep), Delazari designou o Cope, há dois meses, para investigar os roubos a joalherias. Segundo o titular da unidade, nesse período ocorreram apenas dois casos – ambos solucionados. Há 15 dias, a polícia apresentou Sérgio de Souza e Edgar Padilha, e divulgou os mandados de prisão contra Marlon Fabiano Zielinski, Juarez Ferreira, Paulo Rogério de Lima e Luciane D’Avila Dias Gomes, por roubos a joalherias em São José dos Pinhais e no Pinheirinho. O Cope afirma que nenhum deles tem ligação com o grupo de Genaro.

Prejuízo

O vice-presidente da Arjep, Júlio Rangel, se disse satisfeito com o trabalho da polícia, mas adianta que ainda há muito a ser feito. Um levantamento da associação relacionou 26 assaltos a joalherias – a maioria de pequeno e médio portes – em Curitiba, somente em 2003. O valor roubado soma aproximadamente R$ 5 milhões. “Nada foi recuperado, mas sabemos que este é um segundo o”, disse Rangel, que acredita que mais da metade dos metais preciosos roubados foi penhorada na Caixa Econômica Federal.

A polícia de Santa Catarina não irá aceitar a presença de Genaro em unidades prisionais do estado, por considerá-lo de alta periculosidade – ele ficará encarcerado na Prisão Provisória de Curirtiba, no Ahu. O Cope segue os contatos com as polícias dos demais estados do Sul para identificar outros membros da quadrilha do uruguaio.

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